terça-feira, 8 de outubro de 2013

[conto] O Rio - Parte 1




Quando eu era mais novo, as coisas eram diferentes. Eu morava numa cidadezinha do interior, mas não muito longe da capital. Na minha época, poucos de nós tinham bicicletas. Metade ia de carona com os amigos e metade ia correndo.
Meu grupo de colegas era grande, mas os amigos eram poucos. Havia duas meninas e três meninos. Certa noite, decidimos fugir de casa para bebermos cervejas. É, éramos adolescentes péssimos. Uma das meninas não quis ir, achou muito arriscado... Essa era uma garota inteligente, então se você for tomar alguma lição de vida nesse texto, inspire-se nessa menina. Ela não é importante na história.





Voltando. 
Lúcio pegou um engradado de cervejas no bar do pai. Ele era rápido e astuto, mas tinha uma cara de anjo. Um ladrãozinho perfeito. Os cabelos tinham cor de areia e sua pele era queimada de sol. Ele manipulava todos.
Guarde isso na cabeça: Lúcio era um manipulador.
Eu estava no meu quarto, silencioso e escuro, esperando pelo sinal. Não que eu tivesse medo do escuro, mas não me sentia bem ali, encarando aquele breu. Passava da uma da manhã quando ouvi uma pedrinha bater no vidro do meu quarto. Levantei e andei em silêncio até a janela, abri-a e pulei para fora. Eu tinha uma bicicleta. Tirei-a do quintal, fechei o portão e dei carona para Lúcio e seu engradado.
Andávamos silenciosos pelas ruas da cidade. Em certo ponto, nos dividimos e fomos chamar os outros. Logo estávamos os quatro divididos em duas bicicletas.
Pegamos uma estradinha vazia e fomos mais devagar, guiados apenas pela luz da lua. Por mais que eu não gostasse da escuridão, a lua sempre foi minha cúmplice ─ e essa é outra coisa que você tem que ter em sua mente: a lua sempre foi minha cúmplice.
Chegamos ao ponto de nosso piquenique noturno. Era um ponto em que não havia árvores entre a estrada e o rio que cortava a cidade. Era um lugar bom para sentar e observar a água.
Paramos as bicicletas e abrimos uma cerveja cada. Era uma quinta-feira. Brindamos e demos um longo gole cada um. Mariana, a única menina, fez uma careta.
─ Nossa, que horrível.
Nós rimos. Também achávamos a cerveja horrível, mas nenhum dos garotos admitiria isso na frente dos outros. Acabaríamos jogando as cervejas no rio, como sempre. O rio, nosso companheiro de aventuras... O rio, nossa lata de lixo.
Eu bebi uma lata inteira. Já tinha 15 anos, estava quase bêbado. Note que antigamente as cervejas eram realmente cervejas. Hoje em dia parece que tem metade da lata com água.
Estávamos sentados no chão, conversando e pensando secretamente em como nos livrarmos das latas. Lúcio era o único que realmente curtia o álcool naquela época.
Então eu vi um carro se aproximando.
─ Gente! ─dei um grito abafado.
Estávamos ali escondidos. Adolescentes bebendo cerveja de madrugada daria uma grande dor de cabeça no dia seguinte. Nos jogamos no chão e nos arrastamos um pouco para trás das árvores.
O carro passou muito rápido. Mesmo se estivéssemos dando uma festa, ele não teria nos visto. A estrada ia reto, mas o carro fez uma curva há cerca de 200 metros de nós.
Meu coração deu um pulo. Por que o maldito tinha resolvido parar?! Ele tinha nos visto, santo Deus! Olhei para o lado e vi Lúcio juntando as latas, pronto para jogar tudo no rio, mas fiz um sinal para que ele ficasse quieto.
Observamos.
Um homem desceu do carro. Ele deu a volta e abriu o porta-malas. De lá veio um grito abafado. Ele puxou uma mulher (a julgar pelo timbre de voz) para fora. Ela tinha um saco preto na cabeça.
─ Por favor, por favor...! ─ela gritava, mas levou um tapa na cara que a fez cair de joelhos.
O homem deu um chute nas costelas da mulher e ela gritou de dor, mas não foi nada comparado com o que viria a seguir.
Estávamos os quatro juntos como nunca estivemos antes. Nosso coração estava disparado e estávamos em choque. Na época não tínhamos celulares, senão teríamos chamado a polícia.
─ Bruno, vá até a cidade chamar a polícia. Mariana, saia daqui correndo. Se alguém passar na estrada, você avisa o que está acontecendo. Agora! ─eu murmurei sem desviar os olhos da cena.
Eles demoraram um instante para se mover. Então Bruno montou na bicicleta e Mariana se colocou a correr. Foram em silêncio, o mais rápido que puderam. Hoje em dia eu acredito que deveria ter ido com eles.
─ Lúcio... ─eu pensava trilhões de planos, nenhum me parecia bom─ Precisamos ajudar.
Ele não respondeu. 200 metros de nós a mulher estava no chão, chorando. O homem abriu o zíper das calças e começou a falar algo que eu não conseguia ouvir por conta do barulho do rio.
Eu era um adolescente do interior, mas sabia o que estava prestes a acontecer. Queria desviar os olhos, não consegui. Tentei mover as mãos, não consegui. Tentei controlar os saltos do meu coração, não consegui.
Eu sabia que eu deveria correr até lá, ajudar a mulher, chutar aquele desgraçado até a morte... Mas eu não conseguia me mexer. Rezei para que Bruno fosse rápido o suficiente e trouxesse a polícia.
Não preciso descrever as cenas que eu vi. O homem estuprou a mulher, como você já deve ter deduzido. Ela chorava, ele ria. Era um sádico. A cena pode ter durado dois minutos ou duas horas. Nunca soube dizer.
Então Lúcio se mexeu do meu lado. Pela primeira vez, desviei os olhos para o mundo ao redor. Ele tirou um canivete de pesca do bolso e o abriu. Me olhou esperando uma ordem.
─ Vamos. ─eu disse.
Me levantei e senti as pernas tremendo. Pensei que fosse desmaiar e me escorei no galho de uma árvore. Lúcio abaixou a cabeça alguns milímetros, como um felino. Ele andou por entre as árvores e se colocou às costas do estuprador. Continuou andando, eu atrás dele.
Fazíamos barulho, mas o homem não pareceu ouvir. Estava muito ocupado. Eu estava desarmado, ia guiado pela coragem de meu amigo. Então Lúcio correu e pulou nas costas do homem, enterrando a faca de pesca nas costas dele.
Ele gritou. Virou-se para trás e pegou Lúcio pela garganta.
─ Moleque enxerido!
Corri até ele e chutei o meio das pernas do homem. Ele graniu, soltou Lúcio. Como eu já disse, meu amigo era rápido. No momento em que seus pés tocaram o chão, ele pulou em direção ao homem com a faca em punho.
O homem era forte, desviou o ataque. Corri até o homem aos berros e tentei soca-lo, mas acertei o ar. Chutei a canela do homem quando ele se virava para Lúcio. Dessa vez Lúcio conseguiu. Enterrou a faca na parte lateral do pescoço do homem.
Ele gritou, levou as mãos ao pescoço. Eu me joguei em cima dele e fomos os três para o chão. Ao contrário dos filmes, ele não morreu rápido. Se debateu, bem mais fraco, mas ainda tivemos que controla-lo.
Lúcio deixou a faca escorregar de sua mão. Eu, sem pensar, peguei o canivete e o enterrei na garganta do homem.  À luz da lua, eu podia ver a mancha escura de sangue nos braços de meu amigo e em minhas mãos.
Me levantei, estendi a mão para Lúcio e ele também se colocou de pé. A mulher tinha desaparecido com o carro. Eu não tinha visto a coitada fugir, mas era melhor assim. Ela deveria estar mais assustada que nós dois.
Observei o corpo morto. Deveria ter uns 40, 50 anos. Tinha cabelos curtos, ligeiramente grisalhos. Algumas rugas no rosto e usava uma camisa social. Era meio gordo, mas forte.
Lembrei de um problema: Bruno já deveria estar chegando à cidade, então a polícia deveria estar a caminho. Eu e Lúcio concordamos que seria melhor jogar o corpo no rio. O empurramos com xingamentos para a água e o deixamos ir. Logo estaria longe o suficiente.
Na época não pensamos que o corpo logo flutuaria.
Concordamos também que precisávamos nos livrar daquelas roupas sujas de sangue. Tiramos as camisas e as levamos nas mãos durante algum tempo. Fomos com a bicicleta a toda velocidade e encontramos Mariana quase chegando à cidade. Ela estava cansada, mas nos acompanhou até a rua de casa. A preocupação agora era Bruno.
Seria melhor que a polícia nunca investigasse o caso. Passei em minha casa, larguei a bicicleta no quintal e entrei no meu quarto. Peguei duas calças e duas camisas limpas. Entreguei uma a Lúcio e nos vestimos ali mesmo, na frente de uma garota. As camisetas sujas de sangue foram parar dentro do meu guarda-roupa.
Lúcio tinha um plano. Ele iria até a delegacia e diria que era apenas uma brincadeira com Bruno. Os policiais não achariam (supostamente) nenhuma prova e dariam apenas uma bela advertência aos dois.
Mariana ficou em sua casa e eu voltei para dentro de meu quarto. Achei arriscado tomar um banho e acordar meus pais, então apenas lavei as mãos e o rosto. Eu era um assassino.
Ou melhor... Eu sou um assassino. Aquele cara não ressuscitou e eu ainda não morri, então continuo sendo um assassino.
Não dormi, claro. Quando o sol nasceu, tomei meu esperado banho, preparei um café da manhã rápido para tentar mostrar alguma normalidade para minha família.
Voltei ao meu quarto, coloquei as roupas sujas numa sacola plástica e desci. Minha mãe estava acordando.
─ O que tem na sacola?
Tive vontade de me jogar aos pés dela e dizer “ok, você me pegou. Matei um cara”. Eu apenas sorri e achei a desculpa mais esfarrapada de todas:
─ Vou lavar umas meias fedidas aqui...
─ Ah! Ok! ─ela sorriu─ Bom dia, Eduardo.
Ah, sim. Me chamo Eduardo. Não sou muito educado, sou um assassino. Muahahaha. Não, sério agora. Ao final da história, aprendi a ser um pouco... sádico.
Voltei ao meu quarto, peguei umas meias velhas e joguei tudo dentro de um balde com cândida. Precisava fazer minha mãe acreditar na coisa toda. Eu ia pra escola a pé, então coloquei a sacola dentro da mochila e me fui a caminho da escola.
Era costume que eu passasse na casa de Bruno primeiro, depois encontrávamos com Mariana e Lúcio em uma esquina.
─ Bruno! ─chamei─ Vamos!
Alguns minutos depois ele saiu de casa. A pele branca mostrava as olheiras.
─ O que aconteceu ontem?!
─ Calma, vamos conversar todos juntos. ─murmurei.
Encontramos os outros três (a outra menina estava junto ─ aquela que você deve se inspirar) na esquina. Nos olhamos, não falamos nada... Por mais amiga que fosse aquela segunda menina, não poderíamos falar “Ah, matamos um cara ontem!”.
Por culpa da menina, não conversamos sobre o caso na escola. Mariana, que era mais amiga dela, deu um jeito de manda-la pra casa antes de nós. Apenas depois que as aulas terminaram nós pudemos conversar.
Primeiro explicamos o que aconteceu logo que que Mariana e Bruno saíram. Eles ouviram espantados, levando várias vezes a mão à boca para cobrir o choque. Narramos apenas o geral, sem muitos detalhes.
Não se narra um estupro para uma amiga de infância.
Ninguém quer saber que o sangue de uma pessoa tem uma temperatura agradavelmente quente logo antes de morrer.
Então chegou a vez de Lúcio e Bruno.
─ Cheguei na delegacia rindo ─começou Lúcio─ o Bruno estava sentado lá, olhando pro nada. Eu comecei a dizer que era só uma brincadeira, que ele não deveria ter corrido tão rápido. Logo um policial chegou e me perguntou que papo era aquele. Eu disse que eu estava apenas brincando e estava indignado que ele havia caído na piada.
─ Logo entendi que a polícia não era mais necessária, por alguma razão. ─disse Bruno─ Tentei pedir desculpas e fingi estar bravo com o Lúcio... Levamos uma puta bronca do policial e ele nos mandou pra casa.
─ Só? Não falou com seus pais?
─ Não. Mas falou que se a gente aparecer lá outra vez não vamos mais sair.
Lúcio deu os ombros.
─ Por mim está ótimo.
─ Como pode dizer que está ótimo, Lúcio? ─disse Mariana─ Vocês mataram um homem.
─ Fizemos justiça. ─retrucou ele.
Ninguém discordou. Tirei as duas camisetas sujas de dentro da mochila e risquei meu isqueiro nelas. O fogo demorou um pouco para pegar, mas enfim começou a se alimentar do tecido.
─ Precisamos manter isso em segredo absoluto. ─eu falei─ A partir de hoje esse assunto está tão morto quanto àquele cara. Quando encontrarem o corpo dele, mostrem-se surpresos. Quando alguém fizer piadas sobre estupros, riam. Quando perguntarem algo ruim de suas vidas, mintam.
Todos tinham os olhos fixos em mim. Concordaram prontamente.
─ Nunca mais falaremos disso. ─disse Mariana.

Bom. Isso aconteceu há exatos quinze anos. Agora estou com 30, o dobro da idade que tinha quando matei aquele homem. Tenho pesadelos com o caso... Via o rosto dele em outras pessoas pelo menos duas vezes por dia. Eu pensei em me tratar... Mas como dizer a um psicólogo (ou psiquiatra? ─ nunca sei) que eu matei um homem?
Nunca mais falei com meus amigos. Pensei que assim seria a melhor maneira de superar o caso. Esquecer tudo e todos. Até meus pais acabaram pagando por essa filosofia.
Desenvolvi repulsa por cadeias. Guardo para mim, mas acredito que preferia morrer do que ficar preso. Sei que deveria pagar pelo meu crime, mas tenho medo.
Eu saí da cidadezinha aos 19 anos. Estudei na capital, a bela São Paulo. Ganhei um bom dinheiro, comprei um apartamento na zona leste e um carro popular. Era um solteirão barbado e com medo de dormir no escuro. Sim, eu era um idiota.
Não bebo cerveja. Me lembra maus momentos. Mas de resto, cara... Sou praticamente um alcoólatra. Não gosto de nada que me lembre do caso. Então você se pergunta: por que estou escrevendo isso? Relaxa aí, irmão. Aquieta o faixo e continua lendo.

Era uma noite de sexta-feira.
Saí do serviço, fui até o Extra mais perto de casa e comprei o básico pra semana: pão francês, mortadela, pimenta e uísque. É, pérolas aos porcos mesmo.
Comprei também algumas barras de chocolate e uma peça de queijo. Fui ao caixa, e dei meu dinheiro a um senhor muitíssimo parecido com o que eu havia matado e voltei para o carro.
No caminho, passei num posto de gasolina e pedi para encherem o tanque. Vi uma mulher atravessando a rua... Poderia ser aquela a quem salvei. Era minha rotina: em cada esquina, achava o velho que matei e a mulher que salvei.
Fui para casa ouvindo rádio, cantarolando em algo próximo a aramaico e tamborilando os dedos no volante sem a menor sincronia. Quando me aproximava do prédio, tomei um susto: Mariana e Bruno.
Estacionei e fui até eles com um misto de pânico e alegria. Recebi um abraço apertado de Mariana e um de Bruno.
─ Ah, quanto tempo! ─disse ela.
Eu a encarei. Como aquela menina ficou tão bonita?! Ela tinha os cabelos loiros, pele branca e um corpo perfeito. O sorriso dela me confortou um pouco.
Bruno também estava melhorzinho. Tinha os cabelos cacheados penteados para trás e com gel, dando um ar de aristocrata. Usava um paletó e o rosto era tão liso quanto a bunda de um bebê. Eles tinham casado?
Olhei os dedos. Não havia aliança em nenhum dos dois, mas... Por que estavam ali? Por que estavam ai juntos?
─ Precisamos conversar. ─disse Bruno.
─ Vamos entrar...
─ Melhor não. ─disse Mariana olhando ao redor, preocupada.
─ Conheço um bom lugar. ─falei.
Fomos até um barzinho ali perto. O lugar servia porções e bebidas boas e baratas. Pedi conhaque. Belos 50% de álcool. Mariana pediu um suco e Bruno um refrigerante. Um frouxo.
─ O que aconteceu? ─perguntei.
─ Há mais ou menos um mês recebi uma mensagem do Lúcio. Ele disse que alguém sabia sobre... aquela noite.
Olhei para Bruno um instante. Voltei a encarar a bela mulher à minha frente.
─ Depois eu recebi uma mensagem parecida.
Ela tirou o celular da bolsa e me entregou. Li “15 anos foram o suficiente para esquecer daquela noite?”
─ E depois eu também recebi. ─disse Bruno me entregando o celular dele.
“Vocês precisam pagar por seus crimes, crianças”.
Senti meus pelos se arrepiarem. Devolvi os celulares e olhei-os nos olhos.
─ Cadê o Lúcio? ─perguntei.
─ A caminho. Eu mandei uma mensagem avisando onde estamos.
─ Por que não me falaram sobre isso antes? Foi praticamente uma mensagem a cada duas semanas, nós poderíamos... sei lá.
─ Não avisamos porque você fugiu com a solidão. Não quisemos atrapalhar seu romance. ─disse Mariana.
Não tenho certeza se senti algum rancor naquela frase, naquele tom... Olhei para Bruno.
─ Alguém sabe. E esse alguém vai nos chantagear.
─ Será que é a mulher? ─perguntei para mim mesmo, em voz alta.
─ Como ela saberia que nós dois também estávamos no grupo?
─ Por que você ainda não foi contatado? ─disse Bruno.
─ Está me acusando??!
─ Não. ─disse Mariana encarando Bruno como quem diz: conversamos em casa sobre isso, mocinho.
As bebidas chegaram. Dei um longo gole em meu copo e fechei os olhos enquanto minha garganta queimava. O celular de Mariana vibrou em cima da mesa.
─ Ah, o Lúcio chegou.
Ela se levantou e acenou. Olhei e vi um homem alto, com cabelos loiros presos num rabo de cavalo. Parecia algum tipo de surfista.
─ Nossa, que cabelo horrível! ─falei sorridente.
─ Vá se ferrar. ─respondeu rindo.
Eu me levantei e dei um abraço em meu parceiro de assassinatos. Ele se sentou e deu um oi para os outros dois.
─ Pois bem. ─disse Lúcio em um tom melancólico─ Aqui estamos nós.
Senti meu celular vibrar no bolso. Meu Deus... Uma mensagem.
Levei a mão ao bolso e li a mensagem. Senti os mesmos medos de 15 anos atrás. Não me mexi. Lúcio pegou o celular da minha mão e leu em voz alta: “Reunião de velhos amigos?”



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